O mundo de Daniele Guerrini atravessa muitas paisagens sónicas, mas é na neutralidade eletrónica que encontra a terra de ninguém em que a sua música acaba por impôr algum belicismo e uma consequente acalmia. Esta confusão especulativa é, aliás, algo que grassa ao longo de todo o trabalho que o produtor italiano tem vindo a desenvolver sob o epíteto Heith desde 2019, em que um trabalho textural, consequentemente visual, e rítmico se sobrepõe à simples combinação de melodia e harmonial da tradição europeia. No espaço da sua sonoridade, existem sintetizadores, elementos orgânicos, explosões e implosões, elementos típica calmos perturbados por sampling, no que promete ser uma atuação de cartografia indefenida, mas interesse inquestionável.