Os formatos da canção pop parecem-nos sempre estagnados, e a tendência é de que o estejam, até que alguém, chamemos-lhe Evita Manji, reinventa a sua inspiração e lhe atribui novos elementos, abrindo as portas da criatividade numa sala fechada e sem janelas. A produtora, vocalista e compositora ligada à editora alemã PAN desligou-se dos elementos regressivos da canção e à combinação elementar de formato para acrescentar o disforme, o alienisna, e apropriou-se do pensamento científico para tentar, falhar e criar o novo. No seu álbum mais recente, elementos de eletrónica surgem, reativos, às vozes de inspiração coral com que pinta as suas peças sonoras, criando melodias orelhudas, que se entranham pela via da estranheza.